Energia Solar: Inteligência artificial será fator diferencial na competitividade de projetos

As tecnologias de inteligência artificial serão um fator diferencial na competitividade de projetos de geração fotovoltaico no mercado livre, dizem especialistas do setor. Aplicações viabilizam ganhos de eficiência operacional e redução de custos de manutenção das grandes usinas. “O empreendedor brasileiro está cada vez mais preocupado com a eficiência como um ponto fundamental da estruturação do projeto e como diferencial de competitividade”, disse o diretor da Greener, Marcio Takata, durante episódio do programa Energy TechTalks, promovido pelo CanalEnergia.

“A competitividade no mercado livre vai ser um elemento central não só no capex, mas na eficiência operacional. As diferentes tecnologias e aplicações que trazem um melhor nível de operação e geram ganhos que podem fazer toda a diferença, ainda que pareçam ser marginais. É uma tendência que cada vez mais vai se reforçar”, apontou Takata.

Na mesma transmissão, o diretor de contas globais da Huawei Solar, Bruno Guerra, afirmou que esse tipo de tecnologia está sendo implementada aos poucos no mercado nacional. “Os debates sobre inteligência artificial e seus benefícios para as usinas em outros lugares do mundo tem movido bastante as engenharias do Brasil para implementar essas soluções na região e isso já está acontecendo.”

O executivo acredito que uma série de combinações de aplicações permite o aumento da eficiência dos projetos. “A Huawei é uma empresa de tecnologia e atuamos no segmento de energia com a plataforma de digital energy, na qual desenvolvemos equipamentos de alta eficiência. Quando se combina uma plataforma de hardware de alta disponibilidade com tecnologia embarcada, conversão de alta eficiência e uma plataforma de serviços, o resultado se traduz em mais geração e maior eficiência.”

“Ao observar o lado de OPEX dessas plantas, as plataformas de software e algoritmos de inteligência artificial trazem também um ganho de eficiência de operação e manutenção. Diagnósticos de todos os painéis da usina, manutenção preventiva e corretiva, tudo isso se reflete numa redução de custo operacional e um ganho de geração”, assinalou Guerra.

Ele entende que essas novas tecnologias também tem um papel importante em viabilizar o uso da nova geração de módulos bifaciais com potência acima de 550W. “Vamos resolver essa questão agregando uma solução de inteligência artificial com plataforma de big data para tirar mais energia, interagindo com os trackers. Observamos ganhos de geração através dessa nova função de até 1,3%. Tudo isso acaba convergindo para uma redução do LCOE.”

“Esses novos módulos também tendem a operar numa faixa de tensão superior, o que também traz uma redução do LCOE. Quando todos esses parâmetros começam a convergir, a tecnologia da Huawei se mostra muito benéfica”, afirmou Guerra.

Ele destacou que a potência dos módulos dobrou nos últimos dois anos. “Isso tudo tem feito com que as usinas passem por uma reengenharia para se readequar a tecnologia do mercado. Módulos de 630W a 650W já estão em análise nos estudos de novas usinas que serão conectadas em 2022.” O executivo acrescentou que a companhia tem participado de 3GW a 4GW de projetes em fase de planejamento no país.

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Fonte: portalsolar.com.br